sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dilma cresce e encosta em Serra na disputa pela Presidência, diz Datafolha.

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (27) mostra queda na diferença entre os pré-candidatos do PSDB, o governador paulista, José Serra, e do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial.

O levantamento, publicado na edição de domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta Serra com 32% das intenções de voto; Dilma Rousseff, com 28%; o deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, com 12%; e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), com 8%. Na mostra anterior do Datafolha, divulgada em dezembro de 2009, Serra tinha 37%; Dilma 23%; Ciro 13%; e Marina 8%.


A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Do total de entrevistados (2.623), 9% disseram que vão votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 10% informaram que estão indecisos. O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.


A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, Serra tem 38%, Dilma vai a 31% e Marina Silva fica com 10% das intenções de voto. Na pesquisa de dezembro de 2009, o tucano tinha 40%, Dilma registrava 31% e Marina tinha 11%.


No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano lidera com 45% das intenções de voto e a petista aparece com 41%. O levantamento realizado em dezembro apontava Serra com 49% das intenções de voto e Dilma com 34%. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48%, contra 26% de Aécio.


De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Serra registra o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, com 25%; seguido de Dilma com 23%; Ciro, com 21%; Aécio, com 20%; e Marina, com 19%.

A pesquisa avaliou também o índice de aprovação do presidente Lula. Na mostra, a aprovação ficou em 73% (de ótimo e bom). Na pesquisa de dezembro, este índice foi de 72%, o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha.

Lula rejeita pressão dos EUA sobre visita ao Irã: "Só presto contas ao povo brasileiro"


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira, que não tem de prestar contas sobre sua visita ao Irã, prevista para maio, "a não ser ao povo brasileiro".

"Não vejo nenhum problema em eu visitar o Irã e não terei de prestar contas a ninguém, a não ser ao povo brasileiro", disse o presidente, durante visita a El Salvador.

O presidente havia sido questionado sobre o encontro que terá, na próxima semana em Brasília, com a secretária de Estado americano, Hillary Clinton - e se essa reunião poderia resultar numa mudança de postura do governo brasileiro em relação ao Irã.

Segundo o presidente, a relação com os Estados Unidos é "soberana".

"A relação americana é uma relação soberana. Eles visitam quem querem e eu visito quem eu quero dentro do respeito soberano de cada país", acrescentou Lula.

Acordo

O presidente Lula disse, no entanto, que "não concordará" com o governo iraniano, caso este decida ampliar seu programa nuclear para um enriquecimento de urânio acima de 20%.

"O Irã estará rompendo com o tratado que é feito por todos nós, nas Nações Unidas. E eu não poderia concordar", disse Lula.

Há duas semanas o governo iraniano deu início a um processo de enriquecimento de urânio a 20%, ponto a partir do qual a criação de uma arma nuclear torna-se mais próxima.

Desde então, diversos países, entre eles Estados Unidos e França, vêm defendendo uma nova rodada de sanções econômicas a Teerã.

O governo brasileiro tem declarado ser contrário à idéia, com o argumento de que a medida dificultaria o diálogo com o Irã, resultando em um maior isolamento do país. O tema deverá se discutido durante a visita de Hillary ao Brasil.

Experiência brasileira

Considerado um discípulo de Lula em função da proximidade entre os dois governantes, Mauricio Funes ouviu de Lula uma série de sugestões sobre como replicar em El Salvador a "experiência brasileira".

Lula disse que seu governo "assumiu o compromisso" de que, para construir casas populares, "tem de ter subsídio, sim" e anunciou a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida para 1 milhão de novas casas.

Segundo o presidente, o anúncio oficial será feito no final de março, durante o lançamento da 2ª versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Ao lado de Lula, Funes se disse "preocupado" com o fato de que o presidente brasileiro não estará à frente do governo a partir de 2011.

"Estou torcendo para que a candidata do PT, Dilma Roussef, ganhe as eleições", disse o presidente salvadorenho.


Fonte: Site do PT

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CNBB defende Governo LULA


Documento em debate na CNBB defende continuidade do governo Lula
Gerson Camarotti
O Globo

BRASÍLIA - Com uma ideologia explícita de esquerda, um texto que está sendo debatido esta semana por um dos principais conselhos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Episcopal Pastoral, rachou o episcopado brasileiro ao defender a continuidade do governo Lula, e por consequência, a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Numa clara politização da campanha de 2010, o texto intitulado "Análise de Conjuntura" afirma que a eleição do governador José Serra (PSDB-SP) significará a volta da política neoliberal ao país.
A análise minimiza as polêmicas em torno do III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que foi alvo de crítica de bispos da própria CNBB , e defende as propostas apresentadas na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), como o controle social da mídia. O debate promovido em torno do documento no conselho da CNBB, que se encerra nesta quinta-feira, ganhou forte reação, nos bastidores, de bispos de todo o país. Nesta quinta-feira, os dirigentes da entidade darão entrevista coletiva sobre a reunião do conselho. ( Leia também: Base aliada consegue evitar ida de Dilma à CCJ para falar sobre plano de direitos humanos )

CNBB diz que texto não é um documento oficial da entidade
Segundo a CNBB, o texto não é um documento oficial da entidade, apenas serve para pautar os debates. O documento contou com a contribuição de integrantes graduados da própria CNBB, como padre José Ernanne Pinheiro, assessor político; padre Geraldo Martins, assessor de imprensa, e também tem a assinatura do secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Daniel Seidel. O documento foi postado no blog oficial da CNBB, lançado na última terça-feira.
O capítulo mais polêmico das 12 páginas do documento é o de número 3, que trata das questões políticas do Brasil, como eleições, direitos humanos, comunicação e o mensalão do DEM. Num dos trechos, afirma: "... o atual Presidente da República estará diretamente fora da disputa. Mas sua "herança" será amplamente discutida. Afinal, em seu favor, pesa uma relativa distribuição de renda, a expansão no mercado de trabalho e de consumo massas de milhões de pessoas, fortes investimentos sociais, recuperação e aumento real do salário mínimo, o fortalecimento da economia do setor público...".
Na sequência, o texto afirma que "José Serra, atual governador de São Paulo, representa o retorno da política neoliberal anteriormente efetivada por Fernando Henrique Cardoso, dialogando com os interesses do empresariado nacional e do capital internacional. Sinaliza que irá se comprometer com a continuidade de algumas das ações de Lula, porém há desconfiança de sua candidatura por setores populares. Pretendia ter o Governador Arruda (então do DEM) como vice, mas depois do mensalão do DEM no DF, não há como fazer a composição."
Já sobre a candidatura petista, a Análise de Conjuntura em debate na CNBB ressalta que "a ministra Dilma representa a continuidade do Governo Lula, que prosseguirá com o modelo desenvolvimentista, com sensibilidade para a questão social, porém até agora sem novidades, mantendo o atual modelo econômico".
O documento ainda avalia: "Pode-se aventar que mantido esse cenário, a oposição viverá dificuldades para se diferenciar programaticamente do governo. Tendo assim que operar na estreita margem de propor continuidade, ainda que sendo oposição, direcionando a disputa para o "pós" Lula. Ou seja, a oposição terá de reconhecer a "bendita" do atual mandatário."

Documento relativiza críticas ao plano de direitos humanos
Em outro ponto, ao citar o que classifica de "celeuma" em torno do PNDH-3, o texto ressalta os pontos controvertidos e a necessária crítica a alguns dos seus aspectos, mas classifica que "a maioria do PNDH-3 e dos temas nele contidos dialogam com a trajetória de muitos movimentos e pastorais que há décadas lutam pela implementação." O texto relativiza as críticas feitas por cerca de 100 bispos que participaram no início do mês de um encontro promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Procurados pelo GLOBO, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha - que foi aplaudido ao comentar a "Análise de Conjuntura" na reunião do episcopado - e o secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, não retornaram o pedido de entrevista. O assessor de imprensa, padre Geraldo Martins, ressaltou que o documento não é oficial.
- Esse não é um texto da CNBB. É um documento que é apresentado para debate. Não tem nem que ser aprovado pelos bispos. Sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, a nota oficial da CNBB já reconhecia a existência de pontos de consenso que devem ser implementados - disse Martins.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cinco anos sem Irmã Dorothy Stang


O dia 12 de fevereiro será, para muitos, aniversário da impunidade. Isso porque, há exatos cinco anos, também no dia 12 de fevereiro, a missionária norte-americana Dorothy Stang, aos 73 anos de idade, foi assassinada com seis tiros, em crime bárbaro, que comoveu o País e o mundo. A morte, planejada por dois fazendeiros que tinham seus interesses ameaçados pelo trabalho da irmã, que sempre defendeu os agricultores pobres, ocorreu às 7h00 no município de Anapu, sudeste do Pará.

Os idealizadores do crime, Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, vulgo Taradão, ainda não foram condenados definitivamente pela Justiça. A ambos interessava a morte de Dorothy porque sua luta em defesa da reforma agrária e de projetos de produção sustentável ameaçava o interesse que tinham de expandir a área de suas propriedades.

"O trabalho da Dorothy estava muito ligado às pessoas mais necessitadas, ela devotou sua vida, fez a opção pelos mais pobres, viveu com essas famílias, começou a organizar essas comunidades e as associações também. Ela muitas vezes andou de repartição em repartição defendendo os interesses desse povo", conta Dom Erwin, bispo da Prelazia do Xingu, que conviveu e trabalhou com a missionária.

Para Jane Silva, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Pará, a data da morte de Dorothy é importante por lembrar o trabalho desenvolvido pela missionária, segundo sua visão do povo e da floresta juntos. "Ela mostrou que era possível o manejo florestal e a produção com a conservação da floresta. Mostrou que a proposta era viável desde que políticas públicas para isso fossem implementadas", diz.

De acordo com Dom Erwin, que também é ameaçado de morte e, desde 2006, vive sob escolta policial, Dorothy contrariou as ambições de grandes fazendeiros e grileiros, ao conseguir a alocação de famílias pobres em Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), novo modelo de assentamento baseado em produção agrícola familiar e atividades extrativistas de subsistência com baixo impacto ambiental. "Com esse assentamento feito pelo próprio governo, ela contrariou o interesse de grandes latifundiários que queriam aumentar seus pastos", diz.

Para o bispo, a data que lembra os cinco anos da morte da missionária é simbólica porque anuncia o trabalho realizado por ela em vida, a favor dos menos favorecidos e da conservação da Amazônia, que, segundo ele, vem sendo cada vez mais devastada.

"Poucos dias antes de morrer, ela falou bem claro que sabia que estava ameaçada, mas entendeu que o lugar dela estava ao lado dessas pessoas constantemente humilhadas. Então, ela não poderia fugir", relata Erwin.

Responsabilização dos culpados

No mesmo ano do crime que matou a missionária, Rayfran das Neves Sales confessou ser o autor do assassinato e foi condenado a 27 anos de prisão. A pena se confirmou no dia dez de dezembro do ano passado, no Fórum Criminal de Belém, após ter sido anulada a realização de novo julgamento do acusado.

Identificados como intermediário da ação e pistoleiro acompanhante de Rayfran no momento do crime, Amair Feijoli da Cunha e Clodoaldo Carlos Batista hoje cumprem pena de 18 e 17 anos de reclusão, respectivamente.

Em 2007, um dos fazendeiros que arquitetou o assassinato, Bida, recebeu pena de 30 anos de prisão. No entanto, um novo julgamento, em 2008, inocentou o fazendeiro. O Ministério Público recorreu da decisão e a Justiça paraense anulou a absolvição do fazendeiro, determinando nova prisão.

Depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpus impetrado pela defesa do acusado, no último dia 04, ele finalmente se entregou à Polícia Civil do Pará, e vai aguardar preso pelo novo julgamento, previsto para 31 de março.

Já o outro mandante do crime, Taradão, jamais foi julgado. Seu recurso contra a decisão de primeiro grau que o mandou para júri ainda não teve um julgamento definitivo. Hoje, Taradão responde ao processo em liberdade. Ele chegou a ser preso em dezembro de 2008 por tentar grilar um lote da área que teria motivado o assassinato da Dorothy.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Pará, Taradão tentou negociar o lote 55, que ocupa cerca de 3.000 hectares do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, pelo qual a freira lutava.

O pecuarista não ficou nem dois meses preso. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região aceitou pedido de habeas corpus e o soltou. Agora, há expectativa de que ele seja julgado ainda neste semestre.

O promotor do Ministério Público do Pará responsável pelo caso da missionária, Edson Cardoso, diz que as tramitações seguiram seu curso natural. "Esse é o prazo médio de um julgamento. Considerando que estamos em uma capital com muitos processos em andamento", explica.

Ele apontou como avanços o fato de já terem sido condenadas três pessoas pelo assassinato de Dorothy, e a decisão do desembargador do Estado, que autorizou a mudança do julgamento de Taradão para Belém. Antes, ele era previsto para acontecer em Pacajás e Anapu.

"O Regivaldo nunca tinha sido levado para julgamento porque nem o desafogamento tinha sido autorizado. Demorou porque a legislação diz que só se pode prever um desafogamento quando todos os recursos tiverem sido julgados", explica.

Cardoso garante não haver impunidade no caso Dorothy. "Acredito que impunidade acontece quando há ausência de julgamento. Quando a Justiça deixa de atuar, quando não há processo", justifica.

Quanto ao fato de só as pessoas pagas para praticar o crime terem sido condenadas até agora, o promotor descarta a explicação de que a Justiça penal só vale para os pobres. "Os que estão cumprindo pena estão nessa situação porque não entraram com recurso e resolveram cumprir a pena. Os outros, não".

Crimes no campo e impunidade

Apesar da comoção em torno do assassinato de Dorothy, Dom Erwin diz que esse não foi o único crime do tipo, e houve vários outros casos semelhantes ao da missionária que não foram tão divulgados. "Poucos anos antes, morreu o Ademir, pai de família que morreu pela mesma causa. De madrugada, entraram na casa dele e o mataram, na frente da mulher dele. Ele morreu pela mesma causa e o caso dele não andou como o da Dorothy. Tem vários casos que aconteceram nos últimos anos", afirma.

Jane, da CPT, conta que hoje a Defensora Pública do Pará reconhece a existência de 72 ameaçados de morte no Estado. Na semana passada, a Comissão Pastoral da Terra protocolou no Tribunal de Justiça do Estado uma lista que indica a ocorrência de 681 assassinatos por conflitos agrários, entre 1982 e 2008. Desses crimes, segundo a coordenadora, apenas 259 desencadearam ações penais e alguns, inclusive, já prescreveram.

"Isso mostra a impunidade. Com essa lista, o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e o TJ (PA) já baixaram uma portaria determinando um mutirão para o julgamento de crimes no campo, dentre os quais está o caso Dorothy", conta a coordenadora.

O promotor Cardoso acredita que houve avanço da Justiça em defesa das vítimas da violência no campo, principalmente com relação às lideranças. "Se você for ver as mortes de anônimos no campo (trabalhadores do campo que estão no dia-a-dia trabalhando), continuam ocorrendo, infelizmente. Agora, com relação a lideranças houve um freio", afirma.

Ele também diz que a Justiça passou a se fazer presente e de forma imediata, em conseqüência da morte de Dorothy.

Vida de luta

A irmã Dorothy nasceu em 7 de junho de 1931, na cidade de Dayton, no Estado de Ohio (Estados Unidos) e, como religiosa, foi destinada por sua congregação - as Irmãs de Notre Dame de Namur - para trabalhar no Brasil, em 1966. De início, a missionária atuou em Coroatá (MA), onde pôde acompanhar o trabalho de agricultores nas comunidades eclesiais de base.

A irmã assistiu ao movimento de muitos deles ao Pará, devido à falta de terras para plantar e à busca desses trabalhadores por fugir da submissão aos mandos e desmandos de latifundiários.

Em 1982, Dorothy procurou o bispo da Prezalia do Xingu, Dom Erwin, para falar sobre sua vontade de trabalhar com os pobres da Amazônia. "Eu já era bispo naquele tempo, e ela se apresentou como representante da congregação dela e me disse que queria trabalhar no meio dos mais pobres. Então, eu falei para ela: vá para a Transamazônica Leste, atual Anapu. E ela ficou lá até o fim de sua vida", relembra Dom Erwin.

E foi numa das áreas mais pobres e necessitadas da Amazônia, cortada pela rodovia Transamazônica, que Dorothy lutou contra o interesse de grileiros e grandes fazendeiros. Desde a década de 1980, a região da pequena cidade de Anapu, no centro do Estado, mais conhecido como Terra do Meio, juntamente com sul e o sudeste, passou a formar a área de maior pressão pelo desmatamento da floresta amazônica.

Isso gerou constantes conflitos entre grileiros, madeireiros, pequenos produtores e posseiros. Dorothy denunciou por diversas vezes a situação às autoridades brasileiras.

Em junho de 2004, a missionária participou de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a violência no campo e denunciou que o quadro de impunidade tinha agravado os conflitos fundiários no Pará. A freira disse que os grileiros não respeitavam as terras já demarcadas como assentamentos da reforma agrária. A audiência contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário daquela época, e o próprio relator da Comissão pediu a criação de uma força-tarefa entre Ministério Público e Polícia Federal para atuar no Pará.

O maior ideal de irmã Dorothy, indicado em sua luta por projetos de desenvolvimento sustentável, era o de que os trabalhadores rurais conquistassem o direito a um pedaço de terra para cultivar, respeitando o meio ambiente. "Isso gerou um ambiente muito hostil. Esses grandes, então, não queriam a irmã. Volta e meia, eu tive que defendê-la. Na própria Câmara Legislativa de Anapu, ela foi declarada pessoa non grata e houve uma "onda" de calúnias. Eu fui muitas vezes para rádio e televisão dizendo que tudo isso não correspondia à verdade", conta Dom Erwin.

Pouco tempo depois da destinação de determinada área para criação de um PDS, os grileiros se apossaram do lugar. Eles alegavam que aquelas terras já tinham dono e se valeram de ameaças de morte para afastar muitas famílias do local.

A luta de irmã Dorothy pelo direito dos pequenos agricultores alimentou a ira dos fazendeiros e grileiros. Por isso, sua vida foi interrompida com seis tiros à queima roupa quando ela se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. "[Os assassinos] já queriam ter feito isso na véspera ou na antevéspera, quando ela estava dormindo numa dessas casas pobres. Mas, os assassinos foram espantados pelo choro de uma criança e resolveram deixar para outro dia", informa o bispo da Prelazia do Xingu.

Comitê

Depois do assassinato, foi criado em Anapu o Comitê Dorothy. O grupo tem como objetivo construir uma cultura de paz por meio do comprometimento de homens e mulheres com a Defesa dos Direitos Humanos e da Justiça socioambiental na Amazônia, concretizando a missão de Dorothy.

O comitê é hoje formado por religiosos, religiosas, ativistas dos direitos humanos e jovens que, indignados com a impunidade diante dos crimes no campo, acreditam na possibilidade de fazer algo pelo bem comum e pelos direitos das pessoas excluídas da Amazônia. Esse é um legado de Dorothy.

Para saber mais sobre o Comitê Dorothy, clique aqui,

Homenagem

Jane informou que amanhã será realizado um ato em memória do assassinato de Dorothy em frente ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA), em Belém, a partir das 8h00. "Queremos, com uma celebração inter-religiosa e a participação de vários movimentos sociais, chamar a atenção para o desmatamento acelerado na Amazônia e a aceleração do processo de Belo Monte [usina hidrelétrica que se pretende construir no rio Xingu (PA)]. A irmã Dorothy lutou contra isso", conta.

Outro objetivo da manifestação é mostrar a importância do trabalho desenvolvido por Dorothy, que hoje é continuado pela CPT e pelo Comitê Dorothy, rendendo resultados importantes, como a demarcação de assentamentos da reforma agrária e políticas públicas para os agricultores pobres.

Fonte: http://www.amazonia.org.br/


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Seminário JAE-RJ



Blog do Emir: Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma?



O golpe militar de 1964, apoiado por toda a imprensa (com exceção da Última Hora, que recebeu todo o peso da repressão da ditadura), rompeu com a democracia, a destruiu em todos os rincões do Brasil, e instaurou um regime de terror – que depois se propagou por todo o cone sul do continente, seguindo seu “exemplo”.

Diante do fechamento de todo espaço possível de luta democrática, grandes contingentes de jovens passaram à clandestinidade, apelando para o direito de resistência contra as tiranias, direito e obrigação reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Enquanto nos alinhávamos do lado da luta de resistência democrática contra a ditadura, os proprietários das grandes empresas de comunicação — entre eles os Frias, os Marinhos, os Mesquitas —, os políticos que apoiavam a ditadura — agrupados na Arena, depois PFL, agora DEM, como, entre tantos outros, o senador José Agripino —, grandes empresários nacionais e estrangeiros, se situavam do lado da ditadura, do regime de terror, da tortura, dos seqüestros, dos fuzilamentos, das prisões arbitrárias, da liquidação da democracia.

Quem era terrorista? Os que lutavam contra a ditadura ou os que a apoiavam? Os que davam a vida pela democracia ou os que se enriqueciam à sombra da ditadura e da repressão? Os que apoiavam e financiavam a Oban ou aqueles que, detidos arbitrariamente, eram vitimas da tortura nas suas dependências, fuzilados, desaparecidos?

Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma? Os militares que destruíram a democracia ou os que a defendiam? Quem usava a picanha elétrica, o pau-de-arara, contra pessoas amarradas, ou quem lutava, na clandestinidade, contra as forças repressivas? Quem era terrorista: Iara Iavelberg ou Sergio Fleury? Quem estava do lado da Iara ou quem estava do lado do Fleury? Dilma ou Agripino? Quem estava na resistência democrática ou quem, por ação ou por omissão, estava do lado da ditadura do terror?

Blog do Emir

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nova Iguaçu universaliza horário integral em 99 escolas da rede


Com uma rede municipal composta por cerca de 66 mil alunos, as escolas de Nova Iguaçu iniciaram o ano letivo ontem. O primeiro e o terceiro anos de escolaridade foram as séries mais procuradas nas 124 escolas da rede municipal de ensino. Deste total, 99 unidades estão recebendo recursos do governo federal por meio do Programa Mais Educação que co-financia as atividades do horário integral, que este ano será universalizado em quase toda sua totalidade.

“Este é um grande desafio para uma gestão que tem compromisso com a educação integral”, afirmou o secretário municipal de Educação, Jailson de Souza e Silva. Para ele, o horário integral é “um longo processo de mudança da cultura da Educação que passa pela valorização do professor”, disse, se referindo à gratificação que a classe irá receber a partir de março do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio.

Para a nova proposta de educação integral, está sendo necessária a ampliação do número de mães voluntárias de 900 para duas mil. Também houve a necessidade do aumento do número de estagiários que atuam no Bairro-Escola. O número vai passar de 400 para aproximadamente três mil.

Assim como as mães voluntárias, os estagiários auxiliam nas atividades extracurriculares, já que os estudantes ficam quatro horas a mais na escola. Eles desenvolvem atividades em três setores: Acompanhamento Pedagógico (aprendizagem, meio ambiente e informática educativa); Esporte Lazer (recreação, atividades esportivas); e Cultura e Arte (atividades culturais com brincadeiras populares, oficinas de bandas e fanfarras, hip hop, dança, percussão, rádio entre outras atividades).

O horário integral é uma forma de a prefeitura garantir a proteção integral da criança, sem prejudicar seu convívio familiar. Os alunos do primeiro segmento – do 1º ao 5º ano do ensino fundamental – vão permanecer na escola durante 9 horas diárias e os alunos do segundo segmento – do 6º ao 9º – ficarão por sete horas. Todos terão, além do ensino regular, atividades extracurriculares como esporte, reforço escolar, oficinas de cultura, cinema, dentre outros. O ensino integral é previsto no programa Bairro-Escola, que é modelo para o Ministério da Educação e já faturou cinco prêmios nacionais.

Fonte: Jornal de Hoje


10 motivos para votar em Serra.


1. J. Serra fará a transposição das aguas de S. Paulo para o árido nordestino.

2. J. Serra é Democrático, apoiou Arruda e Kassab nas eleições de 2004 e 2008.

3. J. Serra tem 45 pontos em S. Paulo, pontos de alagamento.

4. J. Serra vale por dois, vote nele e leve o Arruda de lambuja.

5. J. Serra não gosta dos bancos. Os que tinha, vendeu para a União, Nossa Caixa, por exemplo e ajudou a vender os outros quando Ministro do Planejamento de FHC, Bamerindus, Banespa...

6. J. Serra gosta de transporte alternativo, por isto, cobra os pedágios mais caros do Brasil para incentivar a busca de outros meios de transporte, o aquático por exemplo.

7. J. Serra é muito inteligente, não tem curso superior, mas fez pós graduação em Harvard.

8. J. Serra não dá moleza para jornalista! Se a pergunta não é combinada antes ele manda demitir.

9. J. Serra vai reduzir a jornada de trabalho; o expediente começa quando ele acordar, depois das 11h!

10. J. Serra fará de S. Paulo a Veneza dos trópicos, como incentivo ao turismo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

AE terá 12 candaidaturas à Dep. Federais e 23 Dep. Estaduais


O secretariado nacional da AE reuniu-se, neste domingo 21, com candidatos e coordenadores de campanhas proporcionais (deputados estaduais e federais).

Em 19 estados, teremos 12 candidaturas a deputado federal e 23 candidaturas a deputado estadual, todas vinculadas a Articulação de Esquerda.

O secretariado entrará em contato com os estados e candidaturas que não mandaram representantes; bem como estimulará o lançamento de mais candidaturas em vários dos estados presentes.

Planaria Nacional da AE - Definições

A Plenária Nacional da Articulação de Esquerda homologou o plano de trabalho proposto pela direção nacional da AE e elegeu o secretariado nacional da tendência.

Foi aprovado o seguinte plano político-organizativo da AE para 2010 e 2011


O resultado das eleições 2010 terá impacto nos rumos da luta de classes do Brasil e do continente, com repercussões mundiais. Incidirá também, fortemente, sobre os rumos do PT. Sendo assim, a Articulação de Esquerda precisará realizar, após as eleições de 2010, uma reflexão de maior fôlego. Com este objetivo, realizaremos o 1º Congresso da Articulação de Esquerda, em julho de 2011.


A convocatória do 1º Congresso, a programação, o regulamento interno e os textos-base serão debatidos pela direção nacional da Articulação de Esquerda e aprovados na Plenária Nacional que a tendência realizará em novembro de 2010, logo após as eleições.


Entre dezembro de 2009 e julho de 2011, a direção nacional da Articulação de Esquerda tem cinco prioridades políticas e cinco prioridades organizativas:


Prioridades políticas


i) a vitória do PT nas eleições de 2010;

ii) a ampliação do protagonismo do PT e do campo democrático-popular;

iii) a formulação de um programa de governo 2011-2014 que inclua reformas estruturais democrático-populares;

iv) aprovar no Congresso do PT uma reforma política interna;

v) manter e ampliar o número de deputados vinculados a AE, no Congresso e nas Assembléias Legislativas, fazendo com que nosso tamanho institucional seja equivalente ao peso que temos no PT.


Prioridades organizativas

i) manter a publicação periódica e aumentar a circulação do Página 13;

ii) realizar a V e a VI jornada de formação política, bem como apoiar os cursos estaduais;

iii) manter e ampliar nossa presença direta e interlocução nos movimentos sociais, nos encontros setoriais do PT e na Juventude petista;

iv) elaborar e executar um orçamento que nos permita profissionalizar dirigentes, manter o funcionamento das instâncias internas e executar nosso plano de trabalho, inclusive o seminário sobre Pesca e Aqüicultura e a campanha nacional de filiação;

v) viajar a todos os estados do país, reunir com todas as direções estaduais, ajudar na implementação das prioridades políticas e organizativas, preparando a tendência para seu 1º Congresso e para nossa participação no próximo PED (2011 ou 2012).


Tendo em vista as múltiplas tarefas dos integrantes de nossa direção nacional, agravadas no período da campanha eleitoral de 2010, teremos dificuldades para reunir com constância e quórum o pleno da Dnae. Assim, a plenária nacional da AE, reunida no dia 21 de fevereiro de 2010, elegeu um Secretariado, com mandato até a plenária nacional de novembro de 2010, com a seguinte composição: Expedito Solaney, Tássio Brito, Iriny Lopes, Rubens Alves, Iole Iliada, Lício Lobo, Marcel Frison, Rosana Ramos, Angélica Nogueira, Valter Pomar e Bruno Elias.


Esta secretariado deve se reunir 1 vez por mês e encaminhar todas as questões relativas ao plano de trabalho acima. A coordenação do secretariado será feita por Valter Pomar. O quorum para reunião e deliberação é de 6 integrantes.


Esquerda Socialista faz reunião de avaliação

A chapa Esquerda Socialista reuniu-se no domingo 21 de fevereiro, para fazer um balanço do IV Congresso do PT e planejar as atividades futuras.

Após o debate conjunto, as tendências integrantes da chapa (Tendência Marxista, Militância Socialista e Articulação de Esquerda) fizeram reuniões separadas. No caso da Articulação de Esquerda, decidiu-se elaborar um documento de avaliação do Congresso, que será divulgado nos próximos dias.


Os integrantes do Diretório Nacional, eleitos pela Esquerda Socialista, se reunirão novamente no dia 4 de março, para debater as campanhas eleitorais estaduais e proporcionais, discutir a elaboração do programa de governo, preparar nossa participação na campanha Dilma e planejar uma atividade nacional da chapa.

Reuniões semelhantes devem ser convocadas em todos os estados.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PT: Voz e Vez do Trabalhador


PT: VOZ E VEZ DO TRABALHADOR. POR IVANIA RIBEIRO

Qua, 10 de Fevereiro de 2010



Foi em meio aos estridentes sons do bairro paulistano de Higienópolis, no Colégio Sion, que um grupo heterogêneo de lideranças políticas deu ponta-pé inicial a maior sigla de esquerda da América Latina. O Partido dos Trabalhadores (PT) nasceu assim, há 30 anos, a partir de movimentos de base populares e carregado de viés socialista. Durante estas três décadas, o partido ampliou – alguns setores até mesmo perderam suas bases – mas o cerne da estrela que representa os trabalhadores permanece o mesmo: atrelado aos sindicatos e movimentos sociais – tal qual como nasceu. A seguir, um artigo da professora e ex-vereadora macaense Ivania Ribeiro, petista histórica do Estado.

PT: VOZ E VEZ DO TRABALHADOR

Ivania Ribeiro(*)

O dia: 10 de fevereiro de 1980 O local: Colégio Sion (SP). O sonho: fazer o trabalhador intervir na vida social e política do País para transformá-las. Assim, nascia o Partido dos Trabalhadores (PT) com um projeto socialista, democrático e de massas que nunca foi monolítico. O PT nasceu do movimento operário, com apoio de intelectuais de esquerda e grupos eclesiais progressistas.

Caminhando lado a lado com os movimentos sociais e sindicais, o novo partido preocupava as elites conservadoras, pois conseguia conciliar nas frentes de luta duas gerações: figuras históricas como Apolônio de Carvalho, Antônio Cândido, Lélia Abramo, Sérgio Buarque de Hollanda e, por outro lado, jovens militantes que acompanhavam empolgados a derrota da ditadura militar.

Com o tempo, o PT foi assumindo papéis e espaços no Legislativo, nas Prefeituras, até chegar ao governo federal com uma liderança emblemática e ímpar: Luiz Inácio Lula da Silva, oriundo do movimento sindical, que soube contribuir para que o partido também ajudasse a superar a opressão de raça, gênero e classe.

No que diz respeito ao nosso município, o primeiro a organizar o PT no interior do Estado do Rio, três pessoas estavam à frente da comissão provisória, em 1980: os jornalistas José Milbs de Lacerda Gama e Euzébio Luiz da Costa Mello, além do micro-empresário Omir Rocha. Macaé,
como tantos municípios fluminenses, sofreu e sofre grande influência da política partidária da
capital que, muitas vezes, ignora a democracia de base, que deveria vigorar num partido democrático.

Já sofremos três intervenções do Diretório Regional, para que o PT apoiasse as candidaturas ou dirigentes mais interessantes para as políticas de aliança que sustentaram a chamada governabilidade.

Apesar dessa questão, Macaé nunca deixou de ter militantes que não aceitam ser transformados em cabos eleitorais fabricados pela política tradicional. Hoje, o desafio daqueles que conhecem o Estatuto, o Manifesto e o Programa do PT é continuar a lutar para que um partido comprometido com o combate à desigualdade social, étnica e de gênero faça a diferença, nessa conjuntura local onde predomina o nepotismo, o desgoverno e o mau uso da verba pública.

A palavra de ordem é resgatar a ética, priorizar os mais marginalizados e aprofundar a verdadeira participação popular. Foi para isso que o PT nasceu.


* Profª Ivânia Ribeiro foi vereador pelo PT em Macaé entre os anos 1993 a 1996. Atualmente, é vice-presidente do Sindicato dos Professores de Macaé e Região (Sinpro).

Diretrizes do Programa

Durante o dia 19, o IV Congresso aprovou a tática do PT nas eleições 2010; as Diretrizes de Programa de Governo; e também as diretrizes para a reorganização partidária.

Sobre o tema programático, foram debatidas e votadas 20 emendas ao texto-base. Foram aprovadas emendas sobre “combate ao racismo”, “mulheres”, “juventude”, “meio-ambiente”, “reforma agrária”, “renda básica de cidadania”, “economia solidária”, “40 horas”, “fundo de segurança pública”, “democratização da comunicação”, “desenvolvimento social”, “nova legislação”, “penas alternativas no sistema prisional”, “imposto sobre grandes fortunas”, “plano nacional de direitos humanos”, “democratização das forças armadas”.

Três emendas foram rejeitadas. Uma delas sobre o “orçamento participativo nacional”, outra sobre a “retirada das tropas do Haiti” e uma terceira sobre o “monopólio do petróleo”. Neste último caso, a emenda defendida pelo coordenador da FUP obteve uma grande votação e por pouco não foi aprovada.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

PLENARIA NACIONAL DA AE


A Articulação de Esquerda realizará sua Plenária Nacional no dia 21 de fevereiro, domingo, das 10h00 às 13h00, na sala 6 do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.


A Plenária será antecedida de uma reunião dos delegados integrantes da chapa Esquerda Socialista, marcada para as 9h00, no mesmo local.


Depois da plenária, haverá uma reunião de planejamento das candidaturas a deputado estadual e federal da AE.

A Plenária Nacional da AE fará um balanço preliminar do IV Congresso do PT; escolherá o secretariado da tendência e confirmará a agenda de trabalho para 2010.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chico Pinheiro cutuca Boris Casoy


O blog Cloaca News, sempre atento às “últimas do jornalismo de esgoto”, não é sectário e insiste no seu esforço hercúleo de pinçar algo de sadio na mídia golpista brasileira, especialmente após a lamentável agressão de Boris Casoy aos garis. Vale repisar que este escroto, bem na virada do ano, não percebeu o vazamento de áudio e atacou no Jornal da Band: “Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”. Agora, em pleno clima de carnaval, a Cloaca achou uma cena inusitada, que limpa um pouco a barra do jornalismo nativo:

“O jornalista Francisco de Assis Pinheiro, Chico Pinheiro, da Rede Globo, acaba de mandar um sinal de que nem tudo está perdido. No início da madrugada de terça-feira, durante a transmissão do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, Pinheiro levou para a ‘Esquina do Samba’ – espécie de aquário suspenso sobre a Marquês de Sapucaí – o carioca Renato Luís Feliciano Lourenço, mais conhecido como Renato Sorriso. Trata-se do gari que, desde 1997, faz a alegria do Sambódromo com seu show particular enquanto varre a pista após a passagem de cada escola. Com a Portela entrando na avenida, Chico Pinheiro pergunta, ao vivo: “... gari do Rio Janeiro, há quanto tempo desfilando na passarela, encantando o Brasil e o mundo, do alto da sua vassoura?”.

Pena que outros famosos “colunistas”, que ainda acham que fazem a cabeça dos brasileiros, não disseram uma palavra sobre o lapso de sinceridade de Boris Casoy, o fascistóide que iniciou sua carreira no Comando de Caça aos Comunistas (CCC), organização terrorista dos anos 1960/70. Como também ficaram calados quando a Folha cunhou a expressão “ditabranda” para qualificar a sanguinária ditadura e em vários outros casos de manipulação abjeta da mídia golpista. A tarefa da Cloaca de garimpar algo saudável neste “jornalismo esgoto” é realmente difícil e engraçada.


Obs: Chico Pinheiro é Filiado ao Partido dos Trabalhadores de SP e é ligado a ala progressista da igreja católica, sendo um dos lideres da Juventude Universitária Católica - JUC nos anos 1970.

Nossa Bandeira é o PT



É com muito orgunho que

estamos comemorando os 30 anos do

Partido dos Trabalhadores.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010


Economia para a vida e não para a morte

Por Frei Gilvander Moreira e Irmã Maria do Rosário Carneiro

Uma mãe trabalhadora desabafou com a freira: “Irmã, pelo amor de Deus, arrume um emprego para mim, pois, desempregada e com meu filho refém das drogas, está muito difícil tocar a vida pra frente.” Surge, então, a oportunidade de um emprego, mas essa mãe teve que entregar integralmente os dois primeiros salários (salário mínimo, só o sal mesmo) a um traficante que ameaçava de morte o seu filho por estar endividado com o tráfico. Os meses de trabalho avançam e a espiral de dívida e ameaças só aumenta. Ameaças de morte, humilhações, lágrimas, noites mal dormidas ... “Achar um bom emprego está mais difícil do que ganhar na loteria”, diz um pedreiro que ajudou a construir o Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Uns dizem: “só salário-mínimo ou um pouco mais não compensa. É aceitar escravidão.” Tudo isso nos faz ver o modo como desaparece a renda dos trabalhadores, mesmo com emprego.



A multidão dos que acreditam na Economia Informal cresce dia a dia. Ser doméstica, vigia, ajudante de pedreiro, trabalhar em telemarketing, se submeter diariamente a peregrinar em ônibus superlotados; ouvir “você deveria estar contente com o que ganha, pois tem milhares querendo o seu emprego”; não ter liberdade para fazer o que gosta... Isso e muito mais é o que está por trás de estatísticas, tais como: “Em 2008, o país registrou 54% dos brasileiros no estado de pobreza relativa, 28% na condição de pobreza absoluta e 10,5% na pobreza extrema. (FSP, 05/02/2010). A organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – FAO – prevê que o número de pessoas que passam fome chegará a um recorde de 1,02 bilhão ainda em 2010, sendo esta situação exacerbada pela persistente alta dos preços dos produtos alimentícios básicos, a partir da crise alimentícia de 2006-2008. Segundo o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS -, em 2007 existiam, no Brasil, 10,7 milhões de indigentes (famintos), e 46,3 milhões de pobres, ou seja, sem acesso às necessidades básicas: alimentação, habitação, vestuário, higiene, saúde, educação, transporte, lazer, entre outras...".



Por outro lado, uma elite que se consome no luxo com helicóptero para levar crianças à escola, em São Paulo; com joias sendo vendidas e compradas por 300, 400 mil reais; salários astronômicos para jogadores de futebol e executivos; 10% de funcionários públicos consumindo 90% do orçamento da Previdência; juízes, promotores e procuradores ganhando muito sem ter compromisso efetivo com os cargos que ocupam; apartamentos de 4,5 milhões de reais sendo comprados com seis vagas na garagem e elevador também para elevar o automóvel até dentro do apartamento luxuoso...



Isso é causado pela atual política econômica, que é capitalista neoliberal, cuja ordem é lucrar, lucrar, lucrar ... acumular, acumular ... Consequência: banqueiros cada vez mais bilionários à custa de clientes e bancários (= sociedade) cada vez mais esfolados por taxas, tarifas, juros e uma parafernália de regras que tentam justificar “roubos astronômicos” com capa de legalidade. As empresas transnacionais nunca roubaram (palavra correta, pois dizer “lucraram” seria eufemismo) tanto como agora. Uma pequena minoria de pessoas necessárias para funcionar o “sistema” ganha migalhas e uma série de incentivos que as mantêm em-pregadas (pregadas mesmo com prego invisível), pois precisam sustentar suas famílias. Se alguém reclama, o/a funcionária/o diz: “O sistema não permite. Se você não quiser pagar, terei que pagar do meu mísero salário.” Quem manda no sistema está sempre distante e não pode ser acessado. Deleita-se em sacrificar vidas em nome de uma economia de morte, a capitalista. Isso é degeneração do sentido original de economia, que significa “gestão da casa”. “Oikos”, na língua grega, significa casa; “nomos”, gestão, norma básica. De gestão da casa passou para gestão de casas para que as pessoas tivessem uma boa qualidade de vida.



Com o passar do tempo, a “economia’ foi assumindo outras funções: comércio, finanças, produzir bens e serviços ... até descambar na ‘financeirização’ da economia, resultando numa espécie de “lucronomia”, economia do lucro e para o lucro de alguns à custa da vida da maioria.



A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 – CFE/2010 - denuncia a lucronomia, que se expressa na perversidade do atual modelo econômico que visa exclusivamente ao lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte de uma imensidão de pessoas e seres vivos da biodiversidade. A CFE/2010 ecoa o grito de Jesus de Nazaré e das primeiras comunidades cristãs: “Não é possível servir a Deus e ao capital.” (Mt 6,24). Normalmente nas traduções aparece a oposição entre “Deus e o dinheiro”, mas a melhor tradução é “capital’, pois um pouco de dinheiro é necessário para se viver e conviver. Capital é dinheiro sendo usado para gerar mais dinheiro. Logo, o que o evangelho denuncia é a idolatria do capital que reduz os trabalhadores a meras máquinas, deixando-os, na prática, em situações análogas à de escravidão. Daqui a algumas décadas, historiadores dirão: “Em 2010 quem ganhava salário-mínimo (R$520), 600, 700, 800 reais era escravo sem saber.”



Quem busca saída pessoal sem se preocupar com a multidão dos escravizados pela atual política econômica dificilmente conseguirá melhoria econômica e de vida. Entrar na economia informal – ser camelô, mascate – pode ser um paliativo, mas o poder público, via de regra, trata os camelôs da mesma forma que o mercado. São frequentes nas ruas das capitais cenas como as de fiscais da prefeitura que chegam de repente onde os camelôs estão trabalhando e, sem nenhum diálogo, recolhem todo o material de trabalho, tomam as mesas/bancas que apoiam as mercadorias e confiscam tudo. O pior: os fiscais “empregados,” da prefeitura, são pessoas que têm em suas famílias pessoas que tentam sobreviver na economia informal ou elas mesmas viveram tal experiência.
Muitas vezes, diante desse tipo de abordagem, pais e mães de famílias retornam, não se sabe para onde, sem o dinheiro do leite ou do remédio que naquele dia esperavam levar para casa. É o mesmo Estado/mercado que omite políticas públicas, que fomenta a arrecadação de impostos e elimina os que não geram capital e lucro.



A grande boa notícia para os empobrecidos e excluídos que a CFE/2010 quer anunciar é: Somente uma Economia Popular Solidária – EPS – elevada a status de política pública de Estado a partir das necessidades básicas do povo poderá ser uma Economia de vida e não de morte. Eis o momento oportuno – kairós – para se conhecer, experimentar e engajar-se em Grupos de EPS. Hoje já existe uma imensa rede de EPS pelo Brasil afora. São micro e pequenas cooperativas de produção e comercialização, que geram renda, nas áreas de alimentos, de artesanato, de vestuário, de arte, de serviços etc.



É óbvio que uma Economia Solidária assumida em nível de Estado exige também uma justa distribuição de riqueza e renda, regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, previsto na atual Constituição brasileira, reforma tributária que faça quem ganha mais pagar alíquotas maiores (por ex., Imposto de renda não apenas com duas faixas, mas com 6 ou 7 faixas como é em muitos países.) e a aplicação dos recursos públicos, oriundos de impostos, na garantia dos direitos fundamentais (Capítulo V da Constituição), sobretudo em um modelo de educação não bancária, mas libertadora, como instrumento indispensável à concretização da Justiça Social.



Em breve, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária –FBES - lançada campanha para arrecadar 1.300.000 assinaturas de eleitores para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular visando a criar uma Lei Geral da Economia Popular Solidária, que certamente, na linha do PRONAF, exigirá a criação de um PRONADES – Programa Nacional de Desenvolvimento da Economia Solidária. Além disso, teremos que fortalecer a luta pela realização de reforma agrária, fortalecimento da agricultura familiar na linha da agroecologia e construção de uma sociedade sustentável. Por aí passa uma economia para a vida e não para a morte.




Frei Gilvander é professor de Teologia Bíblica e assessor da CPT, CEBs, SAB e Via Campesina
Irmã Maria do Rosário O. Carneiro é da Congregação das Filhas de Jesus e Bacharel em Direito

Histórico do Taffarel...

Histórico do Taffarel...

Taffarel é educador popular. Desde cedo mostrou disposição para lutar por uma sociedade diferente e melhor. Seja na associação de moradores, na igreja, no sindicato ou no partido, sua atuação nos movimentos populares sempre foi referência de compromisso, responsabilidade, combatividade e ética.

Como liderança estudantil, lutou pelo passe livre dos estudantes, mobilização que até hoje é exemplo de organização na história recente dos movimentos populares na Baixada Fluminense.

Em 2000, foi eleito vereador de Mesquita. Em 2004 a população novamente reconheceu o trabalho realizado por Taffarel na Câmara de Vereador, sendo reeleito.

No ano de 2006, Taffarel foi candidato a Deputado Federal, conquistando somente com a militância PeTista e os simpatizantes de seu histórico de lutas e reivindicações pela melhoria das classes excluídas conquistou 20.000 votos, ficando na 9ª colocação dentre os quase 30 candidatos do PT a Deputado Federal naquele ano de 2006.

Em 2008 Taffarel foi reeleito novamente vereador no município de Mesquita, conquistando o seu terceiro mandato de vereador consecutivo, e o segundo como Presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, função que exerce atualmente.

Taffarel como vereador é o campeão de leis (apresentou mais de 100 projetos de leis em Mesquita). Muitos deles aprovados e sancionados pelo poder executivo e colocados em prática beneficiando a população de Mesquita.

PF apreende recibos do DEM nacional na residência oficial de Arruda

PF apreende recibos do DEM nacional na residência oficial de Arruda

A Polícia Federal apreendeu durante a Operação Caixa de Pandora recibos de doações ao DEM no anexo da residência oficial do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), segundo a Folha On-line.

Os recibos estavam no armário que era usado por Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda, suspeito de arrecadar propina. A PF quer saber por que os documentos estavam no armário de Domingos quando deveriam ficar com os doadores.

As empresas que doaram têm contratos com o governo do DF. Os recibos somam R$ 425 mil.

Mandados

Ontem, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão da Operação Caixa de Pandora, que investiga o esquema de arrecadação e distribuição de propina entre os aliados de Arruda.

A ação envolveu pessoas ligadas ao governador, como o ex-chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão. A residência do policial aposentado Marcelo Toledo, também teria sido vasculhada.

Toledo aparece em imagens gravadas pelo ex-secretário Durval Barbosa (Relações Institucionais) e faz referência ao governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM). No mês passado, o policial conseguiu um hábeas corpus para permanecer calado em depoimento à Polícia Federal sobre o esquema.

Ontem foi a quarta vez que a Polícia Federal realiza busca e apreensão da Operação Caixa de Pandora, deflagrada no dia 27 de novembro passado.

Na quinta-feira, quando Arruda foi preso por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a PF vasculhou a residência oficial de Águas Claras, a casa particular de Arruda e o Buritinga, sede provisória do governo em Taguatinga.

O governador e mais cinco pessoas estão presas acusadas de tentar subornar o jornalista Edson do Santos, o Sombra, testemunha do esquema.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O Medo de FHC


FH critica Dilma nos EUA

Ex-presidente afirma em jornal americano que ministra é dogmática, autoritária e não tem a habilidade de Lula. Petistas acreditam que denúncias da oposição favorecem sua candidatura

EUA - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou, em entrevista ao jornal americano Miami Herald, a pré-candidata presidencial Dilma Roussef (PT). Em texto divulgado ontem no site do jornal, FH qualificou a ministra da Casa Civil como “dogmática e autoritária”.

Entrevistado por Andres Oppenheimer, FH afirmou que Dilma ainda não tem qualquer experiência de liderança. Além disso, repetiu crítica de que a ministra não é líder.

Questionado sobre se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria uma ascendência sobre Dilma, caso ela fosse eleita, FH disse que isso provavelmente não ocorreria. Segundo ele, isso se daria também pelas características pessoais de Dilma. “Ela é uma pessoa muito dura, autoritária”, avaliou.

Em uma comparação, o ex-presidente disse que Lula é mais independente em relação ao Partido dos Trabalhadores, além de qualificá-lo como um negociador habilidoso. “Ele tem a habilidade para mudar de opinião”, observou. Já a ministra, para FH, provavelmente não teria essa postura, “porque ela é mais dogmática”.

O ex-presidente disse que provavelmente Dilma teria uma relação mais próxima com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Após ressalvar que o Brasil tem instituições sólidas, FH afirmou que o coração de Dilma é mais próximo da esquerda.

Após a entrevista, Oppenheimer faz sua própria avaliação sobre a entrevista e o momento político do País. Segundo ele, a campanha já está a pleno vapor, por isso é necessário relativizar um pouco as declarações dos políticos.

Na mesma linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse não estar preocupado com as denúncias da oposição à Justiça Eleitoral, por suposta campanha antecipada, líderes petistas têm dito que as representações ajudam a pré-candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. Um dos aliados da ministra disse que as ações judiciais fazem a população saber que Dilma é a candidata do Lula. A mais recente iniciativa da oposição aponta propaganda ilegal durante viagem de Lula e Dilma às cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni (MG), na terça-feira passada.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

EU SOU PT E VOCÊ?



VÍDEO DOS 30 ANOS DO

PARTIDO DOS TRABALHADORES.

UM DIA SONHAMOS,

OUTRO DIA CONQUISTAMOS A DEMOCRACIA,

UM DIA UM OPERÁRIO CHEGOU AO PODER.

MAS AS TRANSFORMAÇÕES SERÃO PARA SEMPRE.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vice de Serra Preso do DF



O encontro entre o governador de São Paulo,
José Serra (PSDB),
com o colega do Distrito Federal,
José Roberto Arruda (ex-DEM),
aconteceu no dia 3 de setembro
do ano passado,
durante um evento,
o governador tucano José Serra pede voto...
"Vote em um careca eganhe dois"

Inês Pandeló e carnaval 2010: Alegria e segurança

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

FHC defende seu governo e critica o PT


Ricardo Kotscho
Deu uma quizumba danada o artigo publicado domingo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que ele faz a defesa do seu governo, com críticas duras ao presidente Lula e à sua candidata à sucessão, Dilma Roussef.
Era tudo o que o PT queria na campanha eleitoral para fazer uma eleição plebiscitária baseada na comparação entre os governos FHC e Lula. Além disso, serve para vincular ainda mais o nome de Dilma ao de Lula, um presidente com 80% de aprovação popular.
E era tudo o que não queria José Serra, o provável candidato de FHC nas eleições de outubro, que pretendia centrar a disputa nas biografias políticas e administrativas dos candidatos, se e quando lançar sua campanha presidencial.
Serra recusou-se a comentar o artigo do principal líder do PSDB, depois de chegar com duas horas de atraso a um evento nesta segunda-feira para a inauguração da Biblioteca de São Paulo, em que os dois se desencontraram. Ali o ex-presidente voltou a disparar suas baterias contra Lula e a sua candidata, subindo o tom de um embate que o governador paulista procura adiar o máximo possível.
Esquecido nos palanques e nos discursos pelos candidatos tucanos em 2002 e 2006 (Serra e Alckmin), e já que ninguém defendia seu governo na campanha deste ano, FHC decidiu sair dos seus cuidados e foi à luta ele mesmo, desafiando o “lulismo” a fazer comparações “sem mentir” e “sem descontextualizar”.
No artigo, o ex-presidente citou conquistas e números do seu governo, dizendo que não teme comparações. O governo comemorou: “Enquanto a oposição não falar o que quer fazer daqui para a frente, nós temos que comparar com o que eles fizeram”, reagiu o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Do outro lado do ringue, FHC disse que, ao contrário de Serra, Dilma não inspira confiança: “Ela pode até vir a ser, mas por enquanto não é líder. Por enquanto, é reflexo de um líder. Serra já tem liderança e mostrou que faz”.
Pelo que conheço dos dois, Lula deve estar achando ótima a entrada de FHC na linha de frente da campanha tucana, posto que até agora ele estava nos palanques brigando sozinho, já quem nem Serra nem Aécio mostravam disposição para bater de frente com ele e o seu governo.
Desde os tempos de sindicato, o atual presidente sempre precisou de um antagonista para contrapor suas idéias, adora uma boa briga na base do “nós contra eles”. Cresce quando é contestado ou desafiado, ainda mais por um ex-presidente que deixou o governo em baixa, sem deixar saudades na maioria da população, como demonstram todas as pesquisas.
De outro lado, FHC não tem o que perder. Exilado em seu próprio partido, que recebeu com muxoxos suas últimas manifestações públicas, a esta altura do campeonato só lhe interessa mesmo defender a sua biografia e seus oito anos de governo. Se isso vai ajudar ou atrapalhar o candidato tucano, é outro problema.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Deputada Estadual - RJ Inês Pandeló


Maria Inês Pandeló Cerqueira,nascida em 19 de Fevereiro de 1959, na cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais. Veio para Barra Mansa, interior do estado do Rio de Janeiro, em 1974, com 14 anos de idade, para trabalhar e ajudar no sustento de sua família. Ainda muito jovem, trabalhou em armazém, lojas e na Flumidiesel. Cursou O ensino Médio (Professora), SABEC e, posteriormente Jornalismo na SOBEU, atual UBM.

Participou ativamente na Igreja Católica, Comunidades Eclesiais de Base, Grupos de Reflexão. Coordenadora Diocesana de Catequese e membro da Pastoral da Juventude e da Pastoral Operária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e desde sua fundação teve presença ativa nos Movimentos Políticos, Sindicais e Populares,visando à transformação da sociedade.Fundadora da Associação Mulher e Cidadania de Barra Mansa.
Candidata à vereadora pelo PT em 1988, ficou na primeira suplência, eleita na legislatura seguinte em 1992, sendo a única mulher na Câmara Municipal de Barra Mansa.

Em 1996, foi a primeira mulher à se candidatar à prefeitura em Barra Mansa , sendo eleita . Até o momento é a primeira mulher Prefeita da Região. Sua administração foi marcada pela participação popular tendo implantado, entre outros projetos, o Orçamento Participativo de Barra Mansa, Orçamento Participativo da Juventude e Orçamento Participativo Mirim, este último apoiado pela ONU.

Foi eleita Deputada Estadual em 2002- Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro-sendo reeleita para a legislatura seguinte. Nos anos de 2003, 2004 e 2007 é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, onde priorizou ações visando garantir uma vida sem violência para todas as mulheres. Implantou diversos programas como: Vida Nova Mulher, de apoio às mulheres Mastectomizadas do Estado do Rio (vítimas de câncer de mama); a Semana de Conscientização sobre a Importância do Ácido Fólico para Mulheres na faixa de 10 a 40 anos; a obrigatoriedade de instalação de creches nas escolas estaduais que possuem cursos noturnos; a presença de acompanhante no processo de parto nos hospitais, nas clínicas, maternidades da rede pública e conveniados ao SUS. Instituiu o Diploma Mulher Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro, com a finalidade de homenagear as mulheres que se destacam na luta contra a discriminação das mulheres e demais questões de gênero. Sua luta se estende aos movimentos culturais e ambientalistas, tendo como certo que "um povo sem cultura será sempre manipulado. A cultura é a melhor forma de romper os preconceitos e combater todos os tipos de violência."

O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, e o vice-governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, inauguram, nesta sexta-feira (05/02), às 6h30, a pista reversível da Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense. A partir de amanhã, a pista central sentido São Paulo será modificada e seguirá para o Rio, no trecho da rodovia entre Belford Roxo e São João de Meriti, até a entrada para a Linha Vermelha.

A pista reversível funcionará de segunda a sexta-feira, das 5h às 10h, no sentido Rio de Janeiro entre o km 172,7 (Belford Roxo) e o km 170, 4 (São João de Meriti). No horário de implantação da pista reversível, o tráfego no sentido São Paulo será realizado pela pista marginal, do km 166 (Pavuna) até o km 172,8 (Belford Roxo), que também será oficialmente inaugurada nesta sexta. Apenas vans e ônibus serão proibidos de transitar para a faixa reversível.

Outras informações www.novaiguacu.rj.gov.br


sábado, 6 de fevereiro de 2010


Molon ajuizou hoje à tarde (5/2) um mandado de segurança, com pedido de liminar, para que o presidente da Alerj cumpra o que determina o artigo 30 do Regimento Interno da Casa e instale imediatamente a CPI para apurar as condições de funcionamento do Metrô e da Supervia e a atuação da Agetransp. A CPI foi pedida por Molon terça-feira com o apoio de 27 dos 70 deputados da Casa.

O Regimento Interno determina que se dê efeito, em até 48h, aos requerimentos apoiados por mais de um terço dos deputados. Apesar da regra clara, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, anunciou à imprensa que não instalará a CPI por julgá-la inadequada para o período que antecede a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

- Escolher as CPIs que podem funcionar na casa tem sido uma prática da atual Mesa Diretora. Não é coincidência que nenhuma CPI que incomode o Poder Executivo vá à frente na Alerj. Mas este poder de veto que o presidente diz ter sobre os requerimentos de CPI é uma extrapolação de seu real poder. O Regimento Interno é claro e não deixa brechas para interpretações. Os pedidos, como o meu, com mais de um terço de assinaturas tem que ser publicados no Diário Oficial do Legislativo e acatados até 48h depois – explicou.

Molon começou hoje a colher na rua assinaturas em apoio à instalação da CPI do Metrô. Logo no primeiro dia, cerca de mil pessoas apoiaram o abaixo assinado em favor da imediata instalação da comissão. Este não é o primeiro requerimento de instalação de CPI protocolado por Molon que a Mesa Diretora não deixa tramitar na casa. Entre eles, há um pedido de CPI para apurar a atuação da Agetransp, protocolado em 17 de novembro de 2009.